A falta de ovos nos supermercados acontece depois da Nova Zelândia ter proibido que os animais fossem mantidos em jaulas, em detrimento da saúde e bem-estar das galinhas.

Duas semanas consecutivas sem ovos nas prateleiras de supermercados foi o quanto bastou para as associações dos animais lançarem o alerta. Defensores dos direitos dos animais pediram para os neozelandeses não caírem na tentação de comprar galinhas para combater a falta de ovos, revela o “The Guardian”.

A falta de ovos nos supermercados acontece depois de a Nova Zelândia ter proibido que os animais fossem mantidos em jaulas, em detrimento da saúde e bem-estar das galinhas. A lei entrou em vigor no primeiro dia do ano mas o governo já se tinha comprometido com a proibição em 2012.

No mês de dezembro, 10% das galinhas eram criadas em aviários, um número que decaiu bastante, uma vez que em 2012 eram 86%. Agora, a falta de galinhas levou à falta de ovos e os agricultores dizem que a situação pode demorar meses a ser resolvida.

Depois da falta de ovos começar a ser notada, os supermercados implementaram um limite de compra por consumidor mas nem isso impediu que as prateleiras ficassem vazias.

“Entendo que possa parecer uma boa ideia, mas por favor não comprem uma galinha se não podem cuidar dela a longo-prazo”, apontou a responsável da associação animal SPCA.

A falta de ovos levou a um aumento da procura na internet por parte dos cidadãos da Nova Zelândia. A procura por galinhas ou itens relacionados aumentou 77% para 32.800 na última semana quando comparado com os sete dias anteriores.

O Ministério da Agricultura adiantou à publicação britânica que existem 3,9 milhões de galinhas poedeiras, ou seja, usadas exclusivamente para a produção de ovos. Em junho do ano passado, os dados obtidos notam que a exportação de galinhas poedeiras era um mercado de dez milhões de euros, enquanto o mercado de exportação de ovos valia 169,9 milhões de euros.

Fonte: Jornal Económico