Depois de receios, em fevereiro, de que a falta de cereais poderia comprometer a produção e abastecimento de produtos como pão, carne, leite, ovos e massas, a ameaça volta a repetir-se, e Portugal pode ficar com o fornecimento destes e outros bens daqui a uma semana.
O Expresso adianta que os trabalhadores da Silopor, a dona dos silos da Trafaria e do Beato, em Lisboa, e ponto por onde passam 60% dos cereais consumidos em todo o país, vão fazer uma nova greve já no próximo sábado, dia 18 de março, e admitem “novas ações de luta mais musculadas, nomeadamente greves, para lá das paralisações às horas extraordinárias”, segundo afirma Célia Lopes, do CESP (Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal).
A nova paralisação é motivada pelo facto de, um mês depois da última greve, as negociações salarias prometidas pela administração da Silopor, e com a cobertura política da tutela, não terem avançado, nem tão pouco começado.
Assim e perante o impasse, há risco de o País voltar a viver a situação de fevereiro, altura em que vários navios de carga cheios de cereais começaram a acumular-se na costa portuguesa, ao largo do Tejo, e com os stocks nacionais a garantirem o suficiente para 15 dias.
Os trabalhadores da Silopor reivindicam um aumento salarial de 10%, num mínimo de 100 euros. Desde 2009 que o acordo da empresa com os trabalhadores não sofre nenhuma revisão.
Fonte: Multinews